Cirurgia Oncológica
A cirurgia oncológica é uma forma de tratamento do câncer que envolve a remoção do tumor por meio de intervenções cirúrgicas realizadas no paciente e tem como objetivo principal, quando recomendada, a completa extirpação do tumor.
INDICAÇÕES
A cirurgia pode ter tanto um propósito curativo, especialmente quando o tumor é detectado precocemente e sua remoção completa é viável, quanto um propósito paliativo, quando o objetivo é reduzir a quantidade de células tumorais ou controlar sintomas que afetam a qualidade de vida do paciente.
Alguns exemplos de tratamentos paliativos incluem:
- descompressão de estruturas vitais;
- controle de hemorragias e perfurações;
- desvio de rotas aéreas, digestivas e urinárias;
- controle da dor e remoção de lesões.
Além disso, a cirurgia oncológica desempenha um papel importante na avaliação da extensão da doença. Em certos casos, somente durante o procedimento cirúrgico é possível determinar com precisão o estágio do câncer.
TIPOS DE CÂNCER QUE PODEM REQUERER CIRURGIA ONCOLÓGICA
Câncer de estômago: o câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, é predominantemente do tipo adenocarcinoma, representando cerca de 95% dos casos de tumores estomacais.
Além do adenocarcinoma, existem outros tipos de tumores que podem ocorrer no estômago, como linfomas e sarcomas. Os linfomas são diagnosticados em aproximadamente 3% dos casos de câncer de estômago. Os sarcomas são tumores raros que se originam nos tecidos responsáveis pela formação dos músculos, ossos e cartilagens.
Câncer de esôfago: o câncer de esôfago é uma condição maligna que frequentemente se origina nas células que revestem a parte interna do órgão. Ele afeta mais comumente homens com idades entre 50 e 70 anos.
O câncer de esôfago é classificado em dois tipos principais, de acordo com as células afetadas, o carcinoma epidermoide escamoso é o mais comum, representando mais de 90% dos casos. Outros tipos de câncer de esôfago são mais raros, como: adenocarcinoma, sarcoma e linfomas.
Câncer de pâncreas: o tipo mais comum de câncer de pâncreas é o adenocarcinoma, representando cerca de 90% dos casos diagnosticados. Devido à sua difícil detecção e comportamento agressivo, o câncer de pâncreas apresenta uma alta taxa de mortalidade, em grande parte devido ao diagnóstico tardio.
Câncer de fígado: pode ser classificado em dois tipos: primário, quando tem início no próprio órgão, e secundário ou metastático, quando se origina em outro órgão e se espalha para o fígado à medida que a doença progride.
Entre os tumores que se originam no fígado, o mais comum é o hepatocarcinoma, representando mais de 80% dos casos.
Câncer de vias biliares: os cânceres de vias biliares são tumores raros que surgem devido à proliferação anormal de células ao longo dos ductos biliares. Esses tumores, também conhecidos como colangiocarcinomas, representam cerca de 3% dos tumores que afetam o trato gastrointestinal. Apesar de sua baixa frequência, eles apresentam alta letalidade, pois geralmente são diagnosticados em estágios avançados.
Câncer de intestino: o câncer de intestino é um tumor que se origina no intestino grosso. Essa doença pode ser prevenida, pois na maioria dos casos se desenvolve a partir de pólipos, que são lesões benignas que crescem na parede do intestino. Ao remover os pólipos, é possível evitar a sua transformação em câncer.
Câncer de cólon: engloba tumores que afetam a parte do intestino grosso conhecida como cólon, o reto e o ânus. Essa condição pode ocorrer em homens e mulheres, sendo mais comum em torno dos 50 anos de idade. Geralmente, o câncer de cólon e reto se desenvolve de forma lenta e, se diagnosticado em estágio inicial, apresenta altas chances de cura. É importante ficar atento aos fatores de risco e aos principais sinais e sintomas dessa doença.
Câncer anal: tumores anais são aqueles que se desenvolvem no canal e nas margens anais. Os tumores no canal anal são mais comuns no sexo feminino, enquanto os tumores na margem anal são mais frequentes no sexo masculino. Esses tumores podem apresentar diferentes tipos, sendo o carcinoma epidermóide o mais comum, ocorrendo em cerca de 98% dos casos. O câncer anal é uma condição rara e representa apenas 4% de todos os tipos de câncer que afetam o intestino grosso.